É seguro viajar de avião na pandemia?
As linhas aéreas estão retomando voos entre os principais destinos brasileiros e internacionais. Veja abaixo quais são os desafios de embarcar em uma viagem de avião na pandemia e o que as companhias têm feito para diminuir os riscos de contágio.
A maior preocupação em uma viagem de avião durante a pandemia é a circulação de oxigênio dentro da aeronave. Afinal, como funcionam os filtros de ar dos aviões? Muitas das companhias aéreas já utilizavam filtro de ar com tecnologia HEPA (High Efficiency Particulate Air), que auxilia na renovação do ar. O sistema funciona verticalmente, puxando o ar por cima dos passageiros, retirando-o da aeronave e misturando-o com oxigênio reciclado antes de lançá-lo de volta ao interior da cabine, por meio de exaustores instalados no chão.
De acordo com especialistas da Universidade de Leicester, na Inglaterra, o processo é efetivo e garante a limpeza do ar, mas não previne 100% a contaminação, já que não funciona lateralmente, interferindo pouco no fluxo entre uma poltrona e outra, por exemplo.
Conversas frente a frente são as principais responsáveis pela transmissão do vírus em aeronaves e em qualquer outro lugar fechado. Além disso, superfícies como poltronas, portas, maçanetas, pias e torneiras são fontes de contágio, exigindo cuidado redobrado em relação à higiene em voos durante a pandemia.
Aeroportos durante o coronavírus: o que está sendo feito para diminuir as chances de contágio
As medidas de segurança para reduzir as possibilidades de contágio em aeroportos e dentro dos próprios aviões já mudaram o jeito como viajamos hoje – e já podemos o traçar o futuro das viagens de avião após a pandemia. Veja os cuidados em relação a como viajar de avião na pandemia:
- Uso de máscaras: como dito acima, o maior problema da atmosfera dentro do avião é o fluxo de ar entre uma poltrona e outra. A máscara é uma grande aliada nesse sentido e deve ser usada por passageiros e pela tripulação;
- Renovação frequente do ar: a LATAM, por exemplo, afirma que o ar de suas aeronaves é renovado a cada três minutos;
- Disponibilidade de álcool em gel: o item deve estar presente em lugares estratégicos dos aeroportos e também durante os voos;
- Serviço de bordo reduzido: comer no avião é um dos fatores que mais aumentam as chances de proliferação de vírus e bactérias e, por isso, o serviço de bordo foi alterado pelas linhas aéreas. Um exemplo é a GOL, que está servindo água apenas aos viajantes que solicitarem e entregando os snacks somente no final do voo;
- Assento do meio livre: sempre que possível, as companhias aéreas devem evitar lotar os voos e tentar manter as poltronas do meio livres;
- Higiene redobrada: cabines, corredores e banheiros são higienizados com maior frequência;
- Controle sanitário antes do embarque: o tempo de antecedência para chegada no aeroporto é maior agora – a recomendação é chegar duas horas antes para voos nacionais e quatro horas para voos internacionais;
- Novas regras de embarque e desembarque: cada companhia aérea tem suas orientações para evitar aglomerações enquanto passageiros embarcam e desembarcam;
- Check-in: deve ser online.